NÃO SEREI EU

Não serei eu

Enquanto o romper da aurora

Esbravejar sobre meu silêncio

Esse silêncio que cala

O grito que me condena

E corta-me, com navalhas afiadas

Arrancando-me suspiros delirantes

De prazer e dor

Não serei eu, enquanto essa brisa

Soprar em meu rosto triste

Essas lembranças de tão longe

Que chegam, como gotas de orvalhos

Escorrendo de meus olhos

Como lágrimas, que insistem em trazer-te

Em doces lembranças, que não adormecem jamais

Elas, tiram-me de meus devaneios

Num pouso forçado, em que a

Realidade, reclama minha presença

Com golpes doloridos, persistentes

Eles não findam

Eu volto, mas não por inteira

Uma parte de mim

Contigo ficou.

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 18/08/2019
Código do texto: T6723207
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