gosto amargo

na boca um gosto amargo de wasabi,

na boa eu gosto quando cê já sabe,

no bolso esse cigarro nem carbura,

ô moça se te agarro cê me atura?

pus na mente enquanto cabe

sente as garras da loucura,

opus-me a gente que se gabe

dez garrafas dá tontura,

tem um sapato na sua pedra

mantem pinta de um príncipe,

enquanto um sapo fode ela

sem muito disse e me disse,

a vida cobra, fecha a perna

já que o mutuo não existe,

se avista a cobra corre dela

ainda há tempo não desiste,

nunca soube, o que é princípios?

há tempos me joguei de um precipício,

fugir é fácil, pense nisso ...

difícil é enfrentar o q tememos,

com medo de ser visto,

comendo de seus vícios

e alimentando prepotência,

um método meio rustico

a meio metro de meu rosto

vi de perto minha doença,

feto encolhido em seu desapego,

afetado por não ser mais o mesmo

por não ter mais desprezo ou afeição,

viver ou estar preso a fé cristão?

Ele liberta, porém nunca estou são,

abriu mão da coberta e até do colchão,

morra com tiro na testa, estirado no chão.

R Lelis
Enviado por R Lelis em 22/08/2019
Reeditado em 16/12/2020
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