BORBOLETA
Faço do meu casulo um refúgio, um abrigo. Longe de tudo. Todos.
Certamente é temporário.
Não é como um isolamento.
A saída é o que almejo, novos rumos, novas cores, jardins. Novidades.
Uma barreira me cerca, incerteza pelo certo. Dúvida. Medo.
Pouco a pouco se abre, sentimentos se passam, como ondas, montanha russa. Frio na barriga, medo, calmaria.
Calmaria por ver que me tornei a espécie que carrega um pouco das cores do arco-íris. Um certo cantar canta, eu escuto, e eu que canto.
Canto contemplando, a paisagem, o ar puro, canto a liberdade do que me tornei e do que sou. Uma graciosa borboleta de verdade...