POESIA DA INCONFORMIDADE (Inconsciente coletivo)

Eu hospedo invasores

Eu não ligo pros traídos,

Eu aceito as bandeiras

Eu respeito os desvalidos.

Eu enterro a corrupção

Eu vomito corruptores,

Eu devolvo as injustiças

Eu milito entre os horrores.

Eu aceito um milhão

Em comida fora de seqüência,

Eu respondo CPIs

Eu alego inocência.

Mas eu não gosto é das verdades

Do operário que virou mito,

É a ética sem mestrado

É o dito pelo não dito

Fico distante dos palácios

Fico dias sem comer,

Fico preso a discursos

Que dizem me socorrer.

Fico os dias ao rigor

Fico esperando a esperança,

Um gol, um grito salada,

Fico ingênuo, feito criança.

Fico um real mais rico

De carteira assinada

Fico um milhão mais pobre

Quando exportam a mesada.

Mas eu não gosto é da mentira

Do pobre que ficou rico,

É dinheiro analfabeto

É falso, é changa é um bico.

Brandt Acosta
Enviado por Brandt Acosta em 28/09/2007
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