Cadeias e correntes

CADEIAS E CORRENTES

No silêncio absoluto,

rastros no fundo do mar:

nadam peixes entre algas

no silêncio obsoleto

do fio mudo e insensível,

flutuam expectativas

e o coração segue cego

no mais absurdo silêncio

no mais profundo mergulho

do meu ser buscando o teu

entre os cabos submersos.

Em que cadeia me prendes,

sinistra alucinação,

entre os bancos de corais

ou nas correntes geladas

que cortam o tato das mãos?

Será no fundo do mar

onde me afundo sozinha

procurando teu olhar?

Vem à tona o coração,

solta o grito reprimido:

- Amor, sai do mar, vem pra vida,

não posso mais esperar!

nina maurity
Enviado por nina maurity em 25/08/2019
Código do texto: T6728949
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