XEQUE-MATE (ou cena do dia a dia)
El Rei trotava em seus Cavalos
Pelos gramados do reino
Soube o que todos sabiam
Dama Negra e Bispos tramavam
Em segredo nas Torres do Castelo
Tomar de El Rey a coroa
A peãozada olhando...
A peãozada a quem nada é segredo...
Morrendo de medo
El Rei aproximou-se da torre
Anunciou um rock
Dama sentiu-se em perigo
Seu reinado em xeque
Cheia de não me toque
Fingiu-se em estado de choque.
A peãozada olhando...
A peãozada com ares de moleque...
Fazia o sinal da Cruz,
Dama prostrou-se em falsa oração
Socorreu-se de todos os Santos
Pedindo proteção
Mentiras são sempre iguais
Sal grosso e água benta
Em todos os cantos das Torres
Os bispos benzeram... benzeram
E fugiram pelas diagonais
A peãozada olhando...
A peãozada sorrindo desatenta...
Devoravam-se uns aos outros
Dama Negra derrotada
Recolhida a um cantinho
El Rei, em glória pela vitória
Distraído, nem percebeu
Solitário peão na estrada
Sentindo-se guerreiro
Correu todo o tabuleiro
Nova Dama Negra coroada
A El Rey sorria abraçada
A peãozada olhando
A peãozada sem entender nada...
Festejou... festejou... festejou...