NO MEIO DA ESTRADA.

No meio do caminho
tinha você,
uma alma infinita,
vestida de laços de fita,
tal como Deus mandou,
passou brotou uma flor,
olhou, acabou-se a dor,
um jasmim brotou
numa terra incrédula,
uma gota pingou no solo
árido,
e fez um sorriso nascer,
passou uma nuvem negra,
em seguida o sol brilhou,
o dia passou fulminante,
e quando a noite se fez moça,
o homem saiu da casca,
ajustou o paletó,
deu o nó na gravata,
queria amar, não amou,
queria beijar, não beijou,
virou e mexeu,
e quando resolveu partir,
lembrou que no meio do
caminho avia você,
então revestiu de se mesmo,
lhe deu as mãos,
saiu pelo mundo,
como um poema famoso,
virou figura pública,​​​​​​​
deu intrevistas,
comeu em restaurantes de elite,
comprou carros importados,
comeu caviar,
bebeu puro malte,
e quando ia acontecer,
o galo cantou,
o sono fugiu, o homem
acordou, 
e não  tendo você, se pôs
a chorar,
a noite se foi,
novo dia nasceu,
o homem ficou numa encruzilhada,
e no meio da estrada,
só via você...











 
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 07/09/2019
Código do texto: T6739823
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.