CACÓFATOS

Uma chuvinha, prometia

A boca dela abria-se

Ao som da música gaúcha

Ela tinha distorções

Às vezes cantava nosso hino,

Outras, por tão pouca coisa,

gritava palavrões

Uma vez eu vi ela

Orando com pouca fé

Pensei que a gente tinha amizade verdadeira,

Mas ela tinha, na verdade, fé de menos, concluí.

Uma chuvinha, não veio.

Desde então, pus culpa nela.

Por amar ela, trocou-me

Por razão incerta,

Me instruam, por favor!

Na vez passada, por cada perdão pedido,

Fiquei esgualepada.

Desde então, não fiz mais isto.

Escrito pela dona Maria.

Despedindo-me, vou me já.

MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 08/09/2019
Código do texto: T6740056
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