Observador

E logo eu, Que sabia nadar tão bem

Afundei na meiguice de teu olhar.

Sem pensar em ir além

de um esboço pálido de reação no pensar.

Submerso vou neste momento suave

Mãos tocam, corpos ardentes

Bocas, tufões, sandices incoerentes

Fazem querer mais este deprave.

Dança a sereia ao tênue luar

e eu, mero arlequim, um olhar reservo

aos anjos e serafins ao teu lado flutuar.

Num devaneio me entrego qual servo

A esta musa, sereia a encantar

E como que a um cristal, apenas observo.

Lyma
Enviado por Lyma em 04/11/2005
Reeditado em 07/11/2005
Código do texto: T67428