DIALOGO INTIMO.
Oh corpo que caminha
sem destino...
devasto corpo sob vestes
impuras,
fugaz são seus passos,
e deletério seu destino,
bem sabes o alvo que voz
descortina,
a ladeira planejada nos
desvarios dos atos,
é abismo sutil no enterro
dum capengante espirito,
largo é vosso sorriso,
claros são vossos dentes,
pútreo é o halito que das intranhas
remanesce.
Olha , oh corpo,
do desgaste dos tempos sobre
a cutis imaculada,
o claudicar destoante dos pés
artróticos,
o fremir das mãos ao cofiar
a alva barba,
é asteróide em queda sobre
a consciencia infinda,
oh corpo, onde viaja a alma,
essa energia que a Deus pertence,
não ache que a dor finda
com a certeira morte,
e que os prazeres eternizam
num copo de vinho,
vasta é a ilusão que teu
peito invade,
fugaz onda que dispersa,
numa margem fria,
atente! Oh corpo, deletéria estrutura,
para que não recáia sob
o jugo da temporaria matéria,
comprometendo o voo do
prisioneiro espirito.
Oh corpo que caminha
sem destino...
devasto corpo sob vestes
impuras,
fugaz são seus passos,
e deletério seu destino,
bem sabes o alvo que voz
descortina,
a ladeira planejada nos
desvarios dos atos,
é abismo sutil no enterro
dum capengante espirito,
largo é vosso sorriso,
claros são vossos dentes,
pútreo é o halito que das intranhas
remanesce.
Olha , oh corpo,
do desgaste dos tempos sobre
a cutis imaculada,
o claudicar destoante dos pés
artróticos,
o fremir das mãos ao cofiar
a alva barba,
é asteróide em queda sobre
a consciencia infinda,
oh corpo, onde viaja a alma,
essa energia que a Deus pertence,
não ache que a dor finda
com a certeira morte,
e que os prazeres eternizam
num copo de vinho,
vasta é a ilusão que teu
peito invade,
fugaz onda que dispersa,
numa margem fria,
atente! Oh corpo, deletéria estrutura,
para que não recáia sob
o jugo da temporaria matéria,
comprometendo o voo do
prisioneiro espirito.