MORADA DO AMOR
Abri a janela,
usei de cuidado,
devagar, só deslizando
por ela, um olhar de espreita,
numa fresta de incerteza.
Parei para observar.
Demorei até demais.
Já quase perdia a coragem.
No entanto, era preciso.
Queria ver a verdade,
queria olhar para o mundo,
queria a luz doutro olhar.
Foi assim que te encontrei,
deixando que teu carinho
fosse sanando mágoas,
que tua doce energia
conquistasse seu espaço
e fizesse morada no meu ser.