Sou o que não sou!

Não sou rascunho de nada!
Cópia de uma identidade rasgada

Borrão num papel em branco.

Não sou animal em fuga, na face
Não sou a ruga, do sorriso
O dente quebrado.

Não sou barco à deriva
Do peixe, não sou a isca
Da pipa, não sou o cerol.

Não sou o tempo
Não sou a vida
Tampouco a morte
Da alma ferida.

Viajo pelos ventos…
Sou pólen, sou flor
Sou a semente
Que cobre o teu ventre
Se lhe tenho amor.

Sou apenas, o que não sou!

Alguns acertos, pouca vaidade
Sei ser pequeno sem ser ingênuo
Sei ser forte sem ser covarde.
 
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 21/09/2019
Reeditado em 06/03/2020
Código do texto: T6750548
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