MOSCOU
O vermelho da subversão da vida,
é uma tristeza feita de silêncio,
de uma clandestina pista de dança.
Sons da travessia de uma praça deserta,
arquitetura para calar a fome da espera...
Alfaiataria para endurecer o tempo.
Danças são disfarces para a dor.
Dessa marcha das horas presas no relógio,
sobra o cólera que aos pouco vai matando.
Tiros na noite e torpor durante o dia,
mas um lugar, uma oração se emudecendo.