Eu Verto Sangue

Eu verto sangue quando abro a boca.

O sentimento mais forte do peito percorre o caminho até a garganta e se faz vômito com coágulos de coração despedaçado.

Meus olhos gritam quando a boca cala.

A força do golpe que a mão poderia ofertar e substituída pelo peso da cada palavra que não pronuncio ou do grito que abafo.

É ódio, é amor, é raiva, é paixão.

É tudo, é nada. Quase cheio, quase vazio. É metade.

É tudo impulso, mesmo quando é meio termo.

Eu sinto. Sou a flor da pele. Ai de mim se não fosse.

O que seria de mim se não o fosse?

Os julgamentos e as condenações?!

Sinto muito, não há tempo para eles.

Meu destino é força e intensidade a cada ação.

Maria Magaly Colares
Enviado por Maria Magaly Colares em 28/09/2019
Código do texto: T6755958
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