Eu Verto Sangue
Eu verto sangue quando abro a boca.
O sentimento mais forte do peito percorre o caminho até a garganta e se faz vômito com coágulos de coração despedaçado.
Meus olhos gritam quando a boca cala.
A força do golpe que a mão poderia ofertar e substituída pelo peso da cada palavra que não pronuncio ou do grito que abafo.
É ódio, é amor, é raiva, é paixão.
É tudo, é nada. Quase cheio, quase vazio. É metade.
É tudo impulso, mesmo quando é meio termo.
Eu sinto. Sou a flor da pele. Ai de mim se não fosse.
O que seria de mim se não o fosse?
Os julgamentos e as condenações?!
Sinto muito, não há tempo para eles.
Meu destino é força e intensidade a cada ação.