carta para minha solidão

deixado no canto feito criança de castigo

pranto impregnado no peito acaba comigo,

em tempo de surtar acabei me abandonando

lamento te deixar mas não te suporto chorando,

de agora em diante eu lhe quero calado

fui embora um dia antes do dia planejado,

e tudo que me resta é toda vida pela frente

o mundo em festa enquanto grita o indigente,

terra dos cegos sem escrúpulo nenhum

faço-me pequeno e dos crápulas mais um,

enterram suas dívidas e passam maquiagem

ninguém dúvida quando a vida é só massagem,

errei ontem hoje de novo, vou sair pra tomar uma

o que fez está feito e já que o fez então assuma,

o q ' me mata mês a mês é solidão acumulada

onde no intimo do peito te chamo por amada,

faça as malas e fecha a casa,

ligamos para o povo no caminho

pra dizer que tô bem melhor sozinho.

R Lelis
Enviado por R Lelis em 03/10/2019
Reeditado em 30/06/2021
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