REDEMOINHOS
Quando há vento,
Sacode-me a alma.
O meu interno é um mar revolto.
Vou fervilhando o pensamento,
Deixando a vida calma,
Para cair um tormento.
Há escuridão nas entrelinhas,
Gritos e ranger de dentes,
Com fantasmas e tilintares,
Largando pedaços pelas esquinas,
Perdido e sem linimento.
Quando o vento cessa,
A paz retorna.
Vai-se aos poucos assentando
A poeira que deixou vestígios
Até que outro vendaval me encontre.