Deixa-me entrar

Penetro na noite através da lua nova,

Desfaleço, inquieta, de tanto sonhar...

Insinuo-me nos teus lençois

E não te encontro!

Em cansaços íntimos,

Desilusões famintas,

Evaporaste o amor que me perlava a fronte;

O coração continuou gemendo

E os olhos chorando...

Em vão!...

Trago-te para o sono desfeito,

Colho-te os lábios

E assomo à porta da tua alma.

Deixa-me entrar! – murmuro junto a ti.

Abre-se uma fresta,

Esgueiro-me por ela...

E possuo-te num frenesim de condenada!

Roubo-te a saliva, o suor e o sémen...

Quando me preparo para te assimilar a alma

Já não sei de ti!...

goretidias
Enviado por goretidias em 02/10/2007
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