Cajado

Sempre assimilei

Coisas vazias

Com o ar

O ar que nos preenche

Hoje o vento é fogo

E jamais morre

Mesmo distante

Quando atravessa lacunas

Desvendando o vazio

Uma brisa perene

Sopra calada

Segue insossos seus passos·

No cinzento pátio colorido·

Em seu tempo frenético de espantos

Diante o céu azul colado

Esquece o rescaldo

Vá olhar o índigo

Entre as luzes do anoitecer