A PALAVRA SUBTIL

A obra que foi sonhada

Nunca atinge a perfeição,

Como o poema que escrevo

Não consola o coração!

Procuro a palavra, escolho,

Rebusco a que melhor soa,

Mas quando volto e a releio,

Sinto que a apliquei à toa.

Corresponde ao meu desejo

Do vocábulo perfeito

Pra transmitir o que vejo

E revelar seu efeito?!

Talvez deva ser mais clara

Ou quem sabe, mais subtil,

Para mostrar os matizes

Deste amado mês de Abril?

O pintor pode criar

Todos os tons que ele vê!

Eu tenho apenas palavras

Para encantar quem me lê.

Mas nesta luta que adoro

Me proponho continuar.

O que vejo e me empolga

A todos vós vou contar!

Lisboa - Portugal

Maria da Fonseca
Enviado por Maria da Fonseca em 02/10/2007
Reeditado em 17/01/2008
Código do texto: T677529