Outra face

É como sentir que tudo é incerto

É como buscar algo, mas que não está perto

É conviver por entre agonias

Numa tristeza sem fim.

Acordar sem nenhuma vontade

Alegria que não se renova

O que é bom não me aflora

Então, que faço? Me diga enfim...

Falar de tudo que estou cheio

Repelir todos os meus anseios

Não me garante que vá embora

Ou seque esse mar de tristeza em mim.

Porque a todo que plantar vento

A tempestade será seu fruto

E eu, fiz-me preso nesse reduto

Que eu mesmo construí.

Anderson Cleiton
Enviado por Anderson Cleiton em 23/10/2019
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