Semeadura

Os lábios prenhes gemem canções silenciosas

que pedem genuflexão e pranto sentido.

São essas as orações lastimosas

o ardente desejo do renovo da vida.

A terra murmura sons que só os poetas ouvem,

Chora sua alegria pelos campos e cidades;

fazendo brotar vida verde diariamente.

É dos calos das mãos generosas,

O carinho sincero de quem semeia.

Nos dedos sinceros a prece;

que norteia o sentido de cada frase.

Um acaricia aquela que o alimenta,

Outro bebe das letras que saciam a sede.

O mundo carece de amor ardente,

Que junto a ação correspondente;

Promove a vida em todo seu esplendor.

A violência mata a terra fértil,

A palavra insana promove a violência

No terreno humano visceral

E na terra que deixa de produzir.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 24/10/2019
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