HABITANTES DA CARNE
A carne, o corpo, a matéria
Ou como queiram chamar
É onde o Ser, a alma, o Espirito
Num sopro se fez repousar
Pois dentro do pó a vida pulou
E o barro em carne sangrou
Ao sentir a vida jorrar.
Se tornando a morada dos sonhos.
Pros pesadelos hospedaria
Em dias turvos a turbulência
Já em outros a calmaria
Do abstrato ao concreto
Do escancarado ao discreto
A carne serve de moradia.
Do desejo mais puro
Ao que é mais profano
Da lágrima mais sincera
Ao choro mais leviano
Do pensamento libidinoso
A aquele que é “luminoso”
Na carne estão habitando.
A consciência e a inconsciência
O marginal e o cidadão
O religioso e o ateu
A culpa e o perdão
O ódio e o amor
O Desvalido e o valor
Da carne fazem mansão.