Amar

Vivi muitas vidas para concluir

Que o amor é um carrocel de aflições.

Já galopei em seus inúmeros cavalos

E queimei as mãos em suas rédeas de fogo.

O amor é um estado de tragédias permanentes,

É o sangue que insiste em brotar de cada ferida.

Quem ama é sempre o Lázaro,

Cujo coração adoece a cada encanto vivido.

E o encanto de amar é o agonizar

Sobre a cama dos enfermos.

E não há cura, somos convalescentes.

Amamos sempre de olhos fechados

E quem vai me dizer que ficamos cegos?

Ficamos em coma, e só isso.

A morte? É simplesmente

Quando despertamos.

Tom Lazarus
Enviado por Tom Lazarus em 02/10/2007
Código do texto: T677988
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