"VERSOS ANÔNIMOS"

Vindo lá do subúrbio

Cheio de esperança

O menino desconhecido

E o violão surrado

Ansioso em mostrar

O literário dom de poetizar

Perdido na selva de cimento

Do anonimato a liberdade

Na voz da poesia ansiedade

Nos espelhos dos versos em liberdade

Nas rimas e suas magias

Nestes espelhos

Olhos perdidos, parelhos

Imagens distorcidas a confundir

Meu sereno e humilde existir

Cimento e vergalhão

Deixei distante meus irmãos

Quanta gente por mim a passar

Violão na mão a observar

As cordas a dedilhar

Sozinho aqui nada conheço

Chega a noite o desespero

Sem ter onde se abrigar

O subúrbio tão distante

Vida de desconhecido andante

Olhar perdido no horizonte

Decidido perseverante

Quantos mais

Os versos e o surrado violão

Pela rua dos anônimos a caminhar

Na certeza de chegar

Um poema a muito imaginado

Versos por versos decorado

Pelo mundo literário

Foi o menino influenciado

Poeta do Nordeste
Enviado por Poeta do Nordeste em 04/11/2019
Código do texto: T6787143
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