A fabrica

Estamos cercados/

Nem sabemos ao certo, o lado/

Que devemos atuar/

São tantas mentiras/

Que confundem a mente/

E nos deixam sem nada pra pensar/

Uns pregam a lei/

Outros o caos/

E nessa desordem de um mundo cão/

Já não sabemos onde ver a razão/

Um tempo pra ser vegetais/

Um tempo pra ser animais/

Embora sejamos divindades por ancestrais/

Acontece, que sob o julgo do relógio/

As logicas cientificas são capitais/

Aceitamos ser profissionais/

Meninos de tantas bandeiras/

Nessa urbanidade/

Que perdemos a identidade/

Somos produtos de uma ignorância/

E de tantas coisas banais/

Que já não enxergamos mais/

A nossa essência hoje é uma carência/

Entendemos pouco que filhos não são como pais/

Que as guerras nunca trouxeram a paz/

E nessa indiferença/

Me permito gritar aos quatro cantos/

Com a dor estampada na alma/

Respeito a falsas ideologias/

A crença de que a miséria/

E o poder da matéria/

Faz nascer uma sociedade de iguais/

Como eles podem nos dizer/

Que o mundo é feliz/

Se todos os dias produzimos ódio/