RIO AMAZONAS

Desfilas tuas ondas nas correntes do teu leito.

Onde permeiam aturiais, maçaricos,

No mesmo espaço marítimo.

Dias ensolarados, noites enluaradas,

Metamofossiam tuas águas,

Camaleando o placar,

Ora ouro, ora prata.

Barrenta, cristalina e turva,

Fria, quente, clara, escura,

Brilham, brilham em noite de lua.

Com ciliares altas e frondosas,

Fauna e flora relicárias.

Clorofilam os olhos meus,

Celeiro natural, paraíso cultural.

Jaz em ti meus ancestrais.

Do ribeirinho és o caminho,

Correntezas que banham artistas,

Que vivem no palco da vida.

Imponente Rio-Mar,

Fissuras o cais com tua fúria.

Mostrando a todos tua bravura.

Teu rito pluvial

Tem grande potencial.

Deleite popular,

Costume milenar.

Hidro – Amazônia histórias,

Guardadas em nossas memórias

Dos repiquetes que desembocam,

Lançantes, marés, pororocas.

O gingado de tuas ondas,

Balanceiam, balanceiam,

Como as voltas das saias,

Das negras marabaixeiras

Oh saudoso Amazonas

Quem não conhece não sabe contar

Quem toma de tuas águas

Encantam-se no dessedentar

Oh Rio –Mar

Quão lindo é o teu bailar

Em cada ângulo ocular

Quero em ti minha’alma banhar.

Oh saudoso Amazonas!

Quem te conhece sabe contar.

Sobre o teu desfilar,

Em frente de Macapá.

Em: 11/11/19 as 10h