Flagrante
Tenho tatuado no braço o nome de uma ex-presença.
Disso até me esqueço.
Só lembro quando algum estrangeiro me escreve
ou quando descubro a lua amoitada voltando pra casa
[depois de uma dessas festas proibidas aos Homens...
Nesses momentos, sempre sempre a Noite morre num susto!
e o meu anjo da guarda passa assobiando que nem é com ele...
Resta-nos a impreterível dança -
Olho no olho:
a lua com sua bandeirinha me engole
e eu engulo a memória como se fosse caixa de sapato.