Minha solidão 

 

Nas noites cálidas ,  onde ouço a voz do silêncio,  que dói  na minh'alma solitária. 

 

Um grito de clamor,

ao pedir nos momentos de solidão. 

 

Já não sei mais navegar em mares dantes turbulentos, onde só nós dois o fazíamos. 

 

Na terra de ninguém,  plantamos nosso amor, que enfeitou os jardins da vida.

 

Sinto a nostalgia da solidão que me prende no mais profundo do meu ser.

 

Já não sei o que é liberdade.

Se antes eu me sentia livre com você,  hoje a solidão me aprisiona em sonos agitados.

 

Já não posso mais lhe abraçar 

Sequer meus lábios lhe ofertar.

 

No infinito quando voou, deixou-me partida.

Na sua ausência em mim, mergulhei no pranto da solidão. 

 

Vivo sem você,  morro toda hora, no vegetar de minha vida.

 

Sei que olhas para mim.

Um dia ainda vou lhe encontrar.

 

E, na doce brisa do Universo,

Vou em teus braços me atirar.

 

Carmen Haddad 

Rio de Janeiro RJ 

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