No fim, recomeço, novo amanhã...

Acordar e não te ver
Apenas olhar o vazio
Penumbra a fazer
Sombras em devaneio

Despertando a certeza
Que não queria entender
O pó desta dureza
Está a me dissolver

Olhos fixos ao nada
Respiração sufocante
Sem a minha amada
desfaleço entrepidamente 

No Silêncio ficou o vazio
O som da orquestra cessou
Marcas do passado ao meio 
Nada mais aqui restou

Não sei mais do amanhã
O fruto caiu ao chão
Ma'dura venenosa maçã
Com doce sabor solidão

Vento sopra friamente
O cobertor deslizou
Dói o corpo congelante
A luz se foi, apagou

Novo dia há de nascer
Quero dormir somente
Sonhar com a terra seca a florescer
E o deserto minar água novamente
Glaucia Amaral
Enviado por Glaucia Amaral em 18/11/2019
Reeditado em 11/07/2020
Código do texto: T6798123
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