Nesta era
amplexo na ansiedade que
me pontua nesta era
maldito remexo espasmódico
na mochila - prescindível
olho de lince?
um beija-flor afoito chamuscado
cadente à exposição do playground
atolado
desespero enfastiado desvelada carne
da palma do mundo e sendo única
atados jazemos castrados
pórtico da vida esperança bloqueada
pela universalidade nefasta bombeada
em viés de bombas guerras
compartilhadas
alguém pede ajuda
me contraio em calamidade
nesta era fera no decurso já
sombra inda discreta consome
entes tudo nas cercanias
da alma
nesta era paro
dor na ansiedade
corre corre corre tropeça
morre reluz de repente
mãos estendidas
espera do comboio sem pessoa
algo inda pulsa reúne ampara
coração aberto
nesta era me fundo em braço-
de-ferro escaldante da mente
a partir da cizânia aguda
humana em round difícil
ânsia de abraço
pedido de sumiço
saída que se quer viável
tomara - pela Via Láctea
justa e medida à calma
de outrora vida - venha
sem pontuações julgadoras
e adornada de beijos sem tardança