Olhando a janela
Em meio as horas
As folhas da palmeira
Enebriada pelo brisa do rio
Dançavam a vida
Sob o canto romântico
Do sabiá.
Naquele instante, sem asas
Os meus olhos elevaram a alma
E no horizonte, próximo do imenso céu azul
Descansei os pés num outeiro.
Por um segundo
A luz do sol poente
Se desfarçava entre as nuvens
Para entre as ondas, que aliviavam as feridas na terra
Pudessem o seu calor amenizar.
Em desabafo, uma voz fina veio na precipitação de chuva
A semear no ventre verde da mata, aquele cheiro campesino,
De vida a iluminar.
Quando me dei conta a noite já estava altiva
E os verbos do silêncio vinham me sussurar,
Que aquele tempo de caravana, ainda pode voltar.
Porque o meu coração, um tando cansado dessa violência,
Dessa falta de respeito, dessas ausências...nunca deixa de amar.