Olhando a janela

Em meio as horas

As folhas da palmeira

Enebriada pelo brisa do rio

Dançavam a vida

Sob o canto romântico

Do sabiá.

Naquele instante, sem asas

Os meus olhos elevaram a alma

E no horizonte, próximo do imenso céu azul

Descansei os pés num outeiro.

Por um segundo

A luz do sol poente

Se desfarçava entre as nuvens

Para entre as ondas, que aliviavam as feridas na terra

Pudessem o seu calor amenizar.

Em desabafo, uma voz fina veio na precipitação de chuva

A semear no ventre verde da mata, aquele cheiro campesino,

De vida a iluminar.

Quando me dei conta a noite já estava altiva

E os verbos do silêncio vinham me sussurar,

Que aquele tempo de caravana, ainda pode voltar.

Porque o meu coração, um tando cansado dessa violência,

Dessa falta de respeito, dessas ausências...nunca deixa de amar.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 04/10/2007
Código do texto: T680600
Classificação de conteúdo: seguro