por que não dize

por que não dize a que vieste, nesta hora, poesia inconclusa?

não és estro, não és musa - és apenas esta dor, esta dor difusa

misto de calmaria / pranto, doce comunhão / alegria, quero somente

teu mar - verbo de fogo - onde se acende a fraternidade.

por que te apresentas assim, fiel amiga, esperando

de mim a palavra impura?

e já que não és nada, nem um abraço amigo, quero proclamar,

ante o teu festim, vai, sai dos ossos, salta fora de mim!

Elias Paz e Silva
Enviado por Elias Paz e Silva em 06/10/2007
Código do texto: T682548
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