Navegante
Estes navios do tempo
cujas âncoras
são minhas mãos
Atracam sem ninguém
perceber
a sua chegada
Levam todo tipo
de enganação
até a sensação
de liberdade
que o mar, preso à gravidade,
garante amor no raso
sendo fundo na ilusão
mas que sede sinto,
afogado nesse mar
em que fui jogado
agora apenas pressinto
que ao invés de zarpar
eu devia ter ficado