Me permito cicatrizar

Os milhares de machucados

Que ficaram depois de uma ida inesperada,

Ao poucos cicatrizam,

As marcas ainda são visíveis,

E as consequências também.

Os cabelos pretos que antes me encantavam em qualquer pessoa,

Hoje me trás náuseas.

Dançamos em frentes as lojas

Com qualquer musica aleatória

Hoje não me da mais coragem.

A proteção que criei é evidente a todos

E gritam aos meus ouvidos

“Ninguém é como ninguém”

Finjo de surdo e vou embora.

Mas logo volto, querendo consolo,

Que é bem acolhido por todos.

Escreverei seu nome em uma folha

E colocarei fogo,

Hoje deixaremos para trás

Todos as feridas que eu não me permito cicatrizar.

Experiencias ruins não estragaram,

Os possíveis momentos bons

Se acontecer novamente,

Irá doer um pouco menos

Mas como nunca.