La Nave Va



Nesta cama, neste barco,
num mar sem ondas de medo,
em você eu me embarco
querendo só flutuar...

Como se me mentisse voar
em tempo de acordar,
sem ser tarde, sem ser cedo!

Corpos de almas casadas
união patenteada
sem quaisquer intromissões
de passados de depois
e um tempo depurado,
trancado e raptado...

Sim meu amor, de nós dois.

Nãomais me conte sua história
nem me faça confissões.
Esqueçamos que há lá fora,
antepassadas memórias,
manchetes,notícias,pregões,
guerras, vitrines, preços,
suas mil mulheres e apreços.

Repartamos entre a gente
um pouco de exclusividade,
infinito sem saudades.
Feche cortinas e frestas:
__Realidade, cá não entre!

Aqui acontece a festa,
com risco de me afogar
em você, corpo de mar

Aqui sou apena sua
e não a do lado de lá.
no ângulo mor tão nua
enquanto Lá Nave Va
jamais, ne me quites pas!

 
Elane Tomich
Enviado por Elane Tomich em 07/11/2005
Reeditado em 22/11/2013
Código do texto: T68339
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