VASTO (I)MUNDO
Mundo mundo
Vasto imundo
Não me chamo
Raimundo.
Não sou rima
Nem história.
Sou escória,
Mãos à palmatória
Para quem vem
Logo acima.
Não falo em clima
Não creio em classes.
Que o fundo me baste
Que o pouco me abaste
Até eu estar pronto
Para o abate
Que se aproxima.
Vida de gado
Em campo minado
Vida minada
Cifrada
A vida é sina
E não existe cura
Não existe vacina
Só a eterna procura
Por algum nada.