VASTO (I)MUNDO

Mundo mundo

Vasto imundo

Não me chamo

Raimundo.

Não sou rima

Nem história.

Sou escória,

Mãos à palmatória

Para quem vem

Logo acima.

Não falo em clima

Não creio em classes.

Que o fundo me baste

Que o pouco me abaste

Até eu estar pronto

Para o abate

Que se aproxima.

Vida de gado

Em campo minado

Vida minada

Cifrada

A vida é sina

E não existe cura

Não existe vacina

Só a eterna procura

Por algum nada.

Rodolfo Kowalski
Enviado por Rodolfo Kowalski em 11/01/2020
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