Poemas, apenas poemas guardados no tempo...

“Janela se abriu, pássaro voou

Você passou, eu abri os meus olhos

Era para ti o meu nobre coração.”

“ Valsa dos meus sonhos, desperto!

entardecida das horas que passam,

luz de centelha a me tocar,

viajo para perto do oceano de amor,

Tu vens, és tão sozinha...

Mas sinto-me impelida a dar-te flores,

Entre tantos amores, tu és o jardim.”

“ Qual parte do corpo não fica enrugada?

A alma quando eternizada. Tudo pode envelhecer,

Mas a alma que ama, essa nunca morrerá.”

“ Na intimidade dos braços de alguém que amamos,

apenas abraçar, entre laços e longos arrepios,

fino é o pensar, das almas que se unem em paz.”

“ As lágrimas pareciam uma fantástica cachoeira

que molhavam meu peito, e traziam calor para recomeçar,

nunca pensei que as águas da tristeza podiam consolar o meu ser,

esvaziar-me de eu mesma, num transbordar da angústia,

que já nem tinha mais.”

“ Costurei uma faixa com seu nome, era pequena,

E nas bordas que media, estreitava os lacinhos das

Lembranças e carinhos do seu jeitinho, todo doce,

e ali memorizava os traços pontuando o fim de tudo.”

“ Beijávamos no escuro, e as luzes tremiam dentro de nós,

meu coração fazia barulho, o seu saltava de amor,

entre gemidos de alegria sorríamos um para o outro,

e já não éramos mais dois, apenas um, em ritmo, na face,

no corpo, no mais alto limiar do êxtase, mas de leve

seus lábios tocavam os meus, e nesta hora sentia o céu,

e uma sensação jamais conhecida por mim, talvez

sobrenatural, com uma força que veio da alma,

em estalos de performances, uma orquestra já comandava

meu corpo, entre tantos movimentos que continha, agora

era eu e você, mais ninguém, amor real, solidão a dois,

sombras sem medo, oásis de ternuras...”

“ Fica comigo! Em tantas frases ditas por ti, e jamais

esquecidas por mim, venho complementar: Que fico!

sempre estive, em anos que se passam, e o amor

aumenta, e vou ficando e ficando...na sua vida, nas linhas

do tempo da sua história, nas valsas que não podemos dançar,

nos caminhos obscuros, na retidão do coração, e na loucura

das tentações de não ceder, morrer...Talvez morrerei de amor

por ti, quem sabe assim ficarei paralisada, e neste percurso

de quem sou, assim ficar contigo, sem perigo, nem laço que te aperte,

nem corda que te prenda, apenas ficar.”

Roberta Mendes de Araújo
Enviado por Roberta Mendes de Araújo em 15/01/2020
Reeditado em 25/10/2020
Código do texto: T6842299
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