no interstício das digitais
precipita-se a dor
na ânsia poética
de comer vogais
(com sangue na língua)
digitais nua
com o verbo a correr pelo corpo
a sonhar com uma voz onírica
no interstício
encontra-se uma pedra
o liame entre a ponte e a catalisação do poema
(a dúvida da humanidade)
pendura-se
os gestos cotidianos: agonia, alegria e os vícios
dentro de uma caixa cheia de alfabeto
a dizer
aqui estamos
a observar a página em chama lascívia.