no interstício das digitais

precipita-se a dor

na ânsia poética

de comer vogais

(com sangue na língua)

digitais nua

com o verbo a correr pelo corpo

a sonhar com uma voz onírica

no interstício

encontra-se uma pedra

o liame entre a ponte e a catalisação do poema

(a dúvida da humanidade)

pendura-se

os gestos cotidianos: agonia, alegria e os vícios

dentro de uma caixa cheia de alfabeto

a dizer

aqui estamos

a observar a página em chama lascívia.

Mauro Oliveira
Enviado por Mauro Oliveira em 15/01/2020
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