Despejar
Não dá para calar
Se eu calo, amorteço
A vida quer eu matematicalizar
Eu mudo meu endereço
Que bicho estranho sou
se entalada de arquejos
Meu papel se criou
na criação de meus despejos
Acho que já chorei
Acho que já sorri
Ou então me enforquei
Por tudo que então escrevi
Surgiu desastroso
Eu soneguei
Na sonegação, me atirei no poço
Não morri. Porque ainda nem comecei.