SUFOCADA
Presa entre as quatro paredes,
Contida na dor das perdas ,
O Grito nega a sair,
Em oração , o corpo jogado pede para partir.
Luto, Intenso sentimento,
Frio e distante,
Peito remoendo, a dor de se conter,
Nova e dura estrada a percorrer.
Onde está minha retaguarda?
O céu e suas estrelas, meu consolo, a sorte,
Já não havia mais ninguém,
Sensação de delírio e morte.
Impossível identificar,
O momento de libertação,
Sufocada estava ali,
Deitada , mumificada sem comunhão.
Há quem aguenta o grito calado,
O arranhar da garganta seca,
As lágrimas a escorrer
Como ventre cortado,
Será esse o momento,
O divisor de águas,
Em que se busca nova história e esvazia a alma??
Ou manterá sufocado esse sentimento!!
PS.: Poesia do luto de meus pais