FUGA
Entardecia , logo a dor da noite retornaria,
Janelas fechadas, mas via a fresta,
Nela a luz acompanhada de sons e risadas.
Um Mundo paralelo ,
Vastas recordações,
Deitada, escondia sonhos, cicatrizes, desilusões.
Antes , na superfície ,
Sua face e seus rumores,
Recolhida , sua profunda melancolia e dores.
No tic-tac, foi vencida , adormecida,
alguns soluços já esquecidos,
Amanhecia , chegava novo dia.
Levemente os olhos se abrindo,
Desconforto, reproduzido,
Trouxe consigo o aviso,
Libera um raso sorriso.
A fuga aguardava nova noite,
Se perdia entre o decorrer do dia,
Real história se escondia.