O poeta decreta

É um lembrete,

Espero que interprete

Sem torná-lo manchete

Com a voz no embargo,

Estou a um trago

Deste líquido amargo

Quem tomou chifre

Sabe o que se sofre,

Como agora sofro

A dor sufoca,

O íntimo choca

E te convoca

Corrói o pensamento,

Clama ao renascimento

Pelo fim do sofrimento

Pede-me um gole

Para que eu me console

Na necrópole

Mas o poeta

É quem decreta,

Chega desta galheta

Então, agradeço

E reconheço,

O fim não é recomeço.

rimedor
Enviado por rimedor em 27/01/2020
Código do texto: T6851997
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