VOLTE!

Acho que virei criança

Voltei a infância

Aquele tempo inocente

Onde ser feliz era coisa fácil,

Era tão natural

Voltei a sonhar

A querer ser mais

A ter pra onde correr

Quando tudo se perder

Quando os abandonei

Deixei de ser quem era

Me pus de lado

Fechada em um quadrado

E naquele dia via

Indo embora tudo

Que um dia eu quis

Tudo que um dia imaginei

Tudo que idealizei

Mas perdi muito mais que esperanças

Perdi minha fé

Perdi minha vida

Deixei tudo de lado

Mas o que é nosso

Sempre volta,

Como meus versos guardados

Em vidros agora quebrados

Sentia falta de criar

Cria de mim

Falta de fazer

Fazer um tanto assim

Junto com os anjos,

Os demônios voltam com certa frequência

Para dar um oi meio tímido

Porém convicto.

Incompreendida

Solitária,

Fazendo vigília para não deixá-los entrar.

Volte!

Venha com tudo!

Exploda meu peito

Detone meu mundo

Me preencha até não caber em mim,

E então transborde!

Não em lágrimas, mas em palavras

Não rm águas, mas em asas

E voe!

Voe tão alto

Que nunca possa alcançá-lo

E nunca possa voltar.

10/2012

Lu Ciana
Enviado por Lu Ciana em 29/01/2020
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