VOLTE!
Acho que virei criança
Voltei a infância
Aquele tempo inocente
Onde ser feliz era coisa fácil,
Era tão natural
Voltei a sonhar
A querer ser mais
A ter pra onde correr
Quando tudo se perder
Quando os abandonei
Deixei de ser quem era
Me pus de lado
Fechada em um quadrado
E naquele dia via
Indo embora tudo
Que um dia eu quis
Tudo que um dia imaginei
Tudo que idealizei
Mas perdi muito mais que esperanças
Perdi minha fé
Perdi minha vida
Deixei tudo de lado
Mas o que é nosso
Sempre volta,
Como meus versos guardados
Em vidros agora quebrados
Sentia falta de criar
Cria de mim
Falta de fazer
Fazer um tanto assim
Junto com os anjos,
Os demônios voltam com certa frequência
Para dar um oi meio tímido
Porém convicto.
Incompreendida
Solitária,
Fazendo vigília para não deixá-los entrar.
Volte!
Venha com tudo!
Exploda meu peito
Detone meu mundo
Me preencha até não caber em mim,
E então transborde!
Não em lágrimas, mas em palavras
Não rm águas, mas em asas
E voe!
Voe tão alto
Que nunca possa alcançá-lo
E nunca possa voltar.
10/2012