Poema para Janeiro

Eu olhava a espessura da sua alma

Imaginava as luzes ao redor da casa

Havia dias inteiros em seus olhos

Não há saudade maior que a chuva

Que cai na tarde de um domingo

Eu andava por aqueles caminhos

Cuja as pedras eram antigas e

Gastas por um tempo muito velho

Não eram grandes as lembranças

Mas eram lembranças amareladas

Qualquer que seja o amor qualquer

Que tenha alguma plenitude em si

Que acalme os sentidos, as noites

Que não faça chorar nem de alegria

Qualquer amor que aqueça as mãos

Eu me deixei ir por lugares longes

Perto do mar há sempre uma partida

Parti de mim para outros lugares

Sempre que tive que voltar desisti

De um pouco de mim naquele lugar.

Milton Oliveira

07jan/2020

milton milo
Enviado por milton milo em 30/01/2020
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