DE HOMO
Não é fácil de entender
E nem simples de dizer
É paradoxo constatar
É intrigante confessar
Razão de paz, de guerra, de dor
Por ele o ódio, o carinho, o amor
Por ele o afago e o desprezo
Nele a rejeição e o aconchego
Desde sempre se posicionou
Entre os contrários e o esplendor
Enquanto existir continuará
A destruir, construir, transformar
E, mesmo depois de se extinguir,
Acredita ainda poder persistir
Pois crê no que há além
Realidade imaginária de todo o bem
De quem falo, podes pensar
Do pó veio ao pó voltará
Em espírito, porém, se externa
Pela esperança de uma vida eterna.
Cícero Rodrigues