Vinho e Amor

Alcancei o corpo seguro da poesia

Matei o medo que não existia

A solidão tranquei no banheiro com algumas lágrimas

joguei pingos de vinho em meu corpo

Banhei os lábios sem engolir qualquer rastro de álcool

Esperei sentado o ser que cutuca minha alma

Faz rasgos quando sinto saudades

O som mais lindo... a companhia toca

O amor chegou com vontade

O impossível acontece falsificado

Sou um bêbado mentiroso com medo da verdade

Senti seus lábios descobrindo os meus

O sussurro da dúvida do real

O sorriso tímido virou um carnaval

Desmontei-me sobre o que mais temia

O amor segurou-me feito bebê novo

Os sentimentos mais bonitos ditos

Amei vulnerável consciente de tudo

Fraudei, sou um alcoolizado sem bebida no sangue com o amor ao lado

Todos os toques, palavras e silêncios foram verdadeiros

Cabe a mim assumir o concreto sem culpar o álcool que nem é culpado

Pois sou um covarde que não diz a verdade sóbrio.