Phanton

Ele entrou por taças de vinho.

Abriu a porta em uma noite onde o vento cantava velhas canções

Depois disso nunca mais foi embora.

Silenciosamente orquestrou memórias.

Beijos roubados em óleo sobre tela.

Braços, pernas, suor e olhos esperando promessas.

Evocou falas há tanto guardadas

Criou respirações suspensas e outras ofegantes.

Mostrou os tons de tintas esquecidas,

Despertou o cheiro...

O gosto da boca apertada de sangue.

Arrancou gritos de ira e de gozo

Fez sofrer e fez sonhar.

E na inevitável mutação da vida,

Desapareceu.

Tão breve quanto o tempo da única música...

Tão presente quanto o gosto da próxima taça.

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 13/02/2020
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