REFRIGÉRIO

És refrigério ao coração ardente

No soluço triste da agonia da tarde

Queimando na paixão que sente

Num sentimento covarde.

Fico a sorver teu aroma

Enlouquecida e inebriada,

Juntando os cacos em soma

Vendo não sobrar nada.

Sei que erro em desdita

Ao te querer para mim

E meu coração palpita

Quando me olhas assim.

Como queria, em teu braço,

Entregar-me sem pejo

Mas isso sei que não faço

Pois não tens o mesmo desejo.

Assim, vou ficando sozinha

A cismar com teus encantos

Com a tempestade que se avizinha

E me perder em desencantos

MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 23/02/2020
Código do texto: T6872749
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