Para meu filho Renato

Seu olhar diz muito na singeleza e candidez

expressivas na minh'alma.

Meu lúdico lado faz careta, canta, graceja para

uma pequena gargalhada saborear. Ah que chove,

mas como chove sob este calorão.

É um tórrido sentir que me leva pra você:

amor concretizado que não mais longínquo,

sinto-o bebê presente (abraço insuficiente).

Eu, escasso sujeito antes crente não ser nunca pai,

hoje junto livrinhos pra você, me amplio ao leve

toque, colo desvendado por uma criança existente

sempre em mim, em sua mãe, finalmente vida

ancorada, imensidão num grão mergulhado na

natureza e se faz oceano abismado de medo

e ternura. Finalmente mais amor de nós, mais

mistério e beleza que a triste Via Láctea de

minh'alma de adulto.

André SS
Enviado por André SS em 23/02/2020
Código do texto: T6872857
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