Quietude
Noites frias embriagadas de frescor
Remetem a suaves delírios de imersão
Fervilham memórias .. reais ou ficção?
Repletas de cheiros. Sente o sabor.
Contemplar o nada acaba em vício
O vazio sempre encontra um motivo
Agradece o milagre de estar vivo
De não ter flertado com o precipício
Sempre condescendente com a solidão
Não aquela imposta, nem requisitada
Planejadamente, em tempo, conquistada
Quietude ímpar, apaga qualquer senão
Acaricia, conforta, suaviza a quebrada
Renovando a alma, acalmando a chaga.
03/11/2019